sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Jantares-Tertúlia «Tempestades no Cantarinho», 5 de Dezembro de 2013



No próximo dia 5, 1ª quinta-feira de Dezembro, haverá nova tertúlia no Al Cantaro (Rampa das Necessidades, 6, Alcântara, Lisboa).

Desta vez o tema será o Plágio e o orador convidado será Carlos Jorge Figueiredo Jorge, que publicou um estudo pioneiro sobre o assunto.

Carlos Jorge Figueiredo Jorge é professor associado com agregação na Universidade de Évora, no Departamento de Linguística e Literaturas, Teoria da Literatura e Literatura Comparada. É autor dos livros A importância da Teoria no Estudo da Literatura e na Compreensão do Texto ArtísticoHistórias, Imagens e Letras e Plágio. Dirige a nossa colecção fitas & factos.

Contamos com os que couberem. A lotação é de 35 pessoas.

sábado, 23 de novembro de 2013

Caderno Fantasma Útil





Na próxima quinta-feira 28 de Novembro, às 18 horas, lançamos o caderno Fantasma Útil de Fernanda Cunha, João Eduardo Ferreira e Pedro Castro Henriques, na livraria Pó dos Livros (Avenida Marquês de Tomar, 89, Lisboa).

Este livro, o nono da colecção civitas, nasce a partir de quatro obras - Crime e Castigo de Fiódor Dostoievski, O Mundo de Ontem de Stefan Zweig, Apuros de um Pessimista em Fuga de Mário de Carvalho e A Máquina de Fazer Espanhóis de Valter Hugo Mãe - e é composto por um ensaio e duas ficções que nos levarão a reflectir sobre o poder dos livros e a relação entre literatura e política.

O evento contará com uma conversa entre os autores do "caderno", a editora Fernanda Frazão, os escritores Mário de Carvalho e Rui Cardoso Martins, seguindo-se uma leitura de alguns excertos por Firmino Bernardo e de um «convívio final» entre todos os que comparecerem.

sábado, 2 de novembro de 2013

Entrevista a Ruy Ventura: «trata-se tão só da editora mais importante no campo da divulgação da tradição portuguesa»



 A propósito dos dois volumes de Literatura Tradicional da Serra de São Mamede (Castelo de Vide, Marvão e Portalegre), que publicámos recentemente na colecção à mão de respigar, o autor Ruy Ventura foi entrevistado para o Diário do Alentejo, pela jornalista Bruna Soares.

Aqui transcrevemos a entrevista completa, que o autor fez o favor de nos enviar por e-mail.

1 - Como surgem os dois volumes de Literatura Tradicional da Serra de São Mamede (Castelo de Vide, Marvão e Portalegre)?

Os dois primeiros cadernos que publicam uma parte da literatura tradicional oral dos concelhos de Castelo de Vide, Marvão e Portalegre são a concretização de um projecto que acalento há quase duas décadas, desde que comecei a recolher em várias localidades desses municípios muitos textos quase em vias de desaparecimento. É um tesouro que não poderia esfumar-se... Sendo uma região riquíssima em património imaterial, muito felizmente já publicado, precisava de ver reunidos contributos dispersos, não só para devolver às populações a sua tradição, como também para pôr à disposição dos investigadores esse material devidamente organizado. Além disso, tenho em mão uma quantidade impressionante de recolhas inéditas, efectuadas durante os três anos em que leccionei a cadeira de Literatura Oral no Instituto Politécnico de Portalegre. O trabalho foi interrompido com a minha saída da instituição, mas era preciso organizar e divulgar todo esse arquivo, que conta talvez milhares de textos. Tendo surgido o convite da parte da presidente do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, Professora Ana Paula Guimarães, e da responsável pela Apenas Livros, dra. Fernanda Frazão, aceitei deitar mãos à tarefa com muito gosto.

2 – O primeiro edita romances religiosos. O segundo edita orações, benzeduras, ensalmos, esconjuros e orações parodiadas. Seguir-se-á um terceiro?

Os dois primeiros cadernos já estão à venda em várias livrarias e no sítio da Apenas Livros, na internet. As provas do terceiro, que publicará boa parte das lendas de Castelo de Vide, Marvão e Portalegre, foram entregues esta semana e já está no prelo. Para já sairão estes três, que receberam financiamento do IELT/Universidade Nova de Lisboa e de fundos da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Se tudo correr bem, em 2014 serão organizados outros, que publicarão nomeadamente romances tradicionais, romances vulgares, cancioneiro e contos. Estou muito satisfeito com esta iniciativa. Apesar da aparência modesta de cada um dos cadernos, trata-se tão só da editora mais importante no campo da divulgação da tradição portuguesa.

3 – O que exigiu este projeto de recolha?

Como disse, foi um projecto construído ao longo de cerca de 20 anos. Exigiu a recolha junto de vários informantes em muitas localidades da região e a transcrição de textos a partir de bibliografia (alguma muito difícil de encontrar). O trabalho não teria sido no entanto tão completo se eu não tivesse contado com a colaboração de vários colectores que tinham os seus textos na gaveta, como por exemplo Maria do Carmo Alexandre, Maria Tavares Transmontano, Maria Guadalupe Alexandre, Maria da Liberdade Alegria e vários alunos meus da Escola Superior de Educação de Portalegre, cujos trabalhos guardei. Recentemente, tive de proceder a novas transcrições de parte do espólio e à classificação dos textos. Resta-me dizer que esta iniciativa é um caminho, não uma meta.