domingo, 22 de novembro de 2015

cadeRnos suRRealistas sempRe

 
 
 
Iniciamos, com 5 títulos, uma nova colecção. Nunca houve qualquer outra sobre o tema, ainda que sejam muitos os trabalhos dispersos sobre o tema. Procuraremos juntar textos sobre a história do surrealismo e trabalhos inéditos
É a terceira colecção dirigida por Maria Estela Guedes. Para mais, tem uma bela capa da pintora Maria Tomás.
Veja-se o que destas obras diz Maria Estela Guedes, na Revista online Triplov:
 
«Parece que temos em Portugal, pela primeira vez, uma coleção inteiramente dedicada ao Surrealismo. Revistas tem havido várias: Pirâmide, Grifo e publicações coletivas, como antologias. Aliás, "Triplov" é o nome de uma revista surrealista fundada em Nova Iorque por André Breton, a VVV - triplo V. Como se sabe, atualmente o TriploV é um dos mais importantes repositórios digitais de materiais e autores surrealistas, que tentaremos publicar na Apenas Livros, com preferência para os portugueses.

O Surrealismo tem quase 100 anos, devia por isso estar já bem estudado e difundido, bem arrumado nas prateleiras das bibliotecas académicas. Tal não tem acontecido; de um lado, apesar dos 100 anos, é-nos ainda demasiado próximo; de outra parte, o Surrealismo permanece movimento fluido e ativo; finalmente, a sua vertente libertária e rebelde, contestatária, manifesta muitas vezes em atos e discursos que a moral de sacristia condena, não é decerto apetecível para investigadores bem comportados.

Por mim, confesso: o Surrealismo desafia-me e envergonha-me. Envergonha-me porque estou sempre a descobrir surrealistas que não sabia que o eram. No próprio Triplov, imaginem! Peço perdão pela minha ignorância, os surrealistas assemelham-se a uma termiteira, entram e saem dela formigas que nunca mais acabam! E artistas bem interessantes, bem contundentes na sua crítica social, costela que o
hasard bretoniano fez que recebesse a designação de abjecionismo ou surrealismo português. Como reparação, proponho-me assim, na medida das minhas capacidades, juntar na coleção cadeRnos suRRealistas sempRe trabalhos sobre o Surrealismo e criação pura de surrealistas que retratem essa tão pujante, poética, divertida, desconcertante e maldizente arte que foi a mais importante contribuição da modernidade para a cultura europeia do século XX e no nosso país constituiu terreno fértil para o desenvolvimento de artistas que não só deram poderes à imaginação como tornaram a liberdade poética uma prática de contestação política».
 
 

terça-feira, 24 de março de 2015

A propósito do lançamento do B. I. das Tabernas

Sábado, às 16.00h, na Casa do Alentejo

 

 
 
O B. I. das Tabernas, que agora se apresenta, da autoria de Luís Correia de Sousa e de Inês de Ornellas e Castro, completa um outro livro desta colecção, o B. I. da Vinha e do Vinho, escrito pelo mesmo autor e por Ivone Alves (2012).
 
No entanto, e desde o primeiro instante da criação desta editora, o sagrado néctar tem estado presente. Um dos primeiros livros de cordel que publicámos foi uma raridade bibliográfica publicada em Goa, pela Imprensa Nacional, em 1870. O arrependimentos dos inimigos de deus Baccho e a reconciliação dos amigos da pinga: para ser recitado no festejos do mesmo Baccho em dia de S. Martinho. Impresso em Lisboa em 1839, e reimpresso em Goa com o additamento de Um sermão do mesmo deus Baccho, por Um Curioso.
 
 

 



Anos mais tarde, com a criação da colecção «papoulas gustativas», republicámos um outro folheto antigo: Nova ladainha de S. Martinho com  as suas competentes orações (2007). Acrescentou-se-lhe uma espécie de apresentação, assinada pela Madre Maria-Gomes Noé, intitulada «Novíssima ladainha de S. Martinho ou farta oração ao vinho, à guisa de prefácio a um opúscúlo de 1875, despudoradamente topado nos baquisconsos da Biblioteca Nacional».
 
 
 
 
Nesse mesmo ano, decidimos voltar a trazer a público a grande epopeia do vinho que, provavelmente a maioria dos leitores desconhece e da qual, antes da nossa edição, outras houve ao longo dos tempos. Escrita 18 anos após a publicação de Os Lusíadas, por 4 estudantes da Universidade de Évora, intitula-se: Festas Bacanais: conversão do primeiro canto d'Os Lusíadas do grande Luís de Camões. Vertidos do humano em o de-vinho por uns caprichosos actores: o Dr. Manuel do Vale, Bartolomeu Varela, Luís Mendes de Vasconcelos e o licenciado Manuel Luís, no ano de 1589. Trata - nada mais, nada menos - da atribulada viagem do capitão Vasco Bagulho, de Alcochete a Évora, passando, pois, inda além de Peramanca.
 
 


Ainda na mesma colecção, em 2011, publicámos uma antologia de textos populares dedicados a S. Martinho, ao vinho e aos bêbedos: Credo do Borracho.


 
 
Por essa mesma altura, fizémos para a colecção «as idades dos sabores», do Centro das Artes Culinárias do Mercado de Santa Clara, uma pequena obra com provérbiops dedicados ao vinho, ao porco e às castanhas: No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e bebe o teu vinho.
 


E chegámos ao fim por enquanto. Mas deixamos a promessa de presentear Baco e todos os nossos leitores com os textos que formos achando nos cafundós das bibliotecas e nas cachimónias dos amantes da pinga.
 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Sábado 31 de Janeiro, 19 horas, Tertúlia de Tony Klauf na Geladaria Résvés

 
No próximo sábado, às 19 horas, venha conhecer Tony Klauf à Geladaria Résvés, no Jardim da Parada, em Campo de Ourique. Por apenas 6 euros, terá direito a um crepe, uma bebida e um livro.
 
Tony Klauf é o pseudónimo artístico de António Ribeiro, um dos grandes cultores do ilusionismo da actualidade mundial. Interessado desde cedo nesta arte, em que foi autodidacta, construiu ele mesmo os seus aparelhos de ilusionismo. Este facto contribuiu para produzir material para os seus confrades.

Além de espectáculos e de conferências, foi também consultor e formador. Promoveu, ainda, várias exposições ligadas à magia e construiu, supervisionou e criou efeitos especiais e grandes ilusões em programas televisivos, peças teatrais, filmes, etc.

Possui a maior e mais completa biblioteca portuguesa ligada aos temas do ilusionismo e afins e, nos últimos anos, passou a fazer parte do grupo português de «História dos Jogos», tendo participado em todas as jornadas anuais com artigos de investigação.

É autor de diversos artigos sobre prestidigitação e ilusionistas portugueses e, ainda, das seguintes obras: «O Seu a Seu Dono», «Bibliografia Portuguesa de Ilusionismo até ao Século XIX», «A Importância do Baralho Ordenado no Ilusionismo», «Do Palácio dos Carrancas ao Teatro Minerva», «David Castro, Prestidigitador e Poeta».
 
Para abrir o apetite, aqui ficam algumas imagens alusivas a temas que não deixarão de ser tratados.
 
 

 Obra de Tony Kauf sobre o poeta e prestidigitador David Castro.
 
 
«O Prestidigitador Moderno», livro que editámos recentemente, é o facsimile de uma obra que ensina truques de ilusionismo, muitos deles ligados à ciência.
 
 
O Adivinhão é um jogo simples de adivinhação de números.


Neste caso, o verso de cada cartão contém imagens de património lisboeta: batentes de portas e a caravela e os corvos, insígnia de Lisboa.
 
 
 
 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Sábado 17 de Janeiro, 15 horas, Grupo de Amigos de Lisboa


No próximo sábado, pelas 15 horas, Fernanda Frazão estará no Grupo de Amigos de Lisboa (Rua Portugal Durão, 58A, Lisboa) para a conferência «Real Fábrica das Cartas de Jogar: os baralhos portugueses (séculos XVIII e XIX)».

Sobre este tema, a autora - e editora da Apenas Livros - tem já várias obras publicadas, entre as quais destacamos a «História das Cartas de Jogar em Portugal e da Real Fábrica de Cartas de Lisboa: do séc. XV até à actualidade».

Não percam!